sábado, 1 de dezembro de 2018

O POSTE

Estranha massa de concreto armado sólido desumano Alta palmeira plantada pelo ato humano As ramificações luzem na noite e tiram a cidade das trevas O cimento rude escora e ancora veículos sem governo levando vidas sem vida em vida Para-peito do bêbado angustiado que repousa aos pés do leito seco umidecido pelos cães na hora do mijo A árvore sai e dá lugar ao monumento erguido na superfície sem raízes que brota para o futuro